Ser um respirador bucal mostra que há algo de errado com sua saúde, sendo que o normal é respirar pelo nariz. Segundo uma publicação na revista oficial da SLAAI (Sociedade Latino-Americana de Alergia, Asma e Imunologia), a prevalência de quem respira pela boca entre crianças de 8 a 10 anos chega a 64%.
Bebê também pode ser um respirador bucal?
Bebês, não importa a idade, também podem fazer parte das taxas de pessoas com problemas de respiração bucal.
A condição pode causar doenças obstrutivas das vias aéreas e, inclusive, pode atrapalhar na amamentação correta com a mamadeira ou na própria mãe.
Como reconhecer um respirador bucal?
Geralmente, a respiração bucal significa que algum ponto nasal está obstruído, podendo ser causado por vários fatores como rinite alérgica, desvio de septo, aumento das conchas nasais, carnes esponjosas — tecnicamente chamado de adenoides, e aumento das amígdalas.
Embora a própria pessoa normalmente não perceba tais sinais, as pessoas que convivem com um respirador bucal geralmente atestam o problema. Conheça alguns sintomas do respirador bucal:
- Lábios afastados;
- Flacidez do lábio inferior;
- Acúmulo excessivo de saliva;
- Tosse seca e persistente;
- Boca seca;
- Mau hálito;
- Diminuição do olfato e paladar;
- Falta de ar constante, principalmente durante o sono;
- Ronco.
Nas crianças é possível perceber um crescimento e, até mesmo, um desenvolvimento mais lento. Devido à falta de oxigênio no cérebro, especialmente, de um ar filtrado pelo nariz. Além disso, também observamos um grau elevado de irritabilidade, problemas de concentração e dificuldades para dormir.
Quais são as causas da respiração bucal?
Dentre as rinites crônicas, a mais frequente causadora de obstrução nasal é a rinite alérgica. Além do nariz tapado, os pacientes costumam queixar-se de crises de espirros, coceira nasal ou ocular e coriza aquosa, que podem atrapalhar a respiração e levar a pessoa a buscar o ar necessário pela boca.
Ainda falando das dificuldades de respirar pelo nariz, podemos citar os problemas com desvio de septo. Casos leves são comuns, mas desvios severos ou em áreas estreitas podem causar uma obstrução, necessitando de tratamento cirúrgicos.
Na garganta, o obstáculo da passagem do ar pode se dar pelo aumento irredutível das amígdalas palatinas. Pessoas com esse diagnóstico, além de ter a respiração pela boca, também costumam roncar bastante durante o sono e podem apresentar apneia.
Mesmo com o tratamento, ainda respiro pela boca
Isso é comum acontecer! Neste caso, você pode ser um respirador comum por hábito, ou seja, quando está prestando atenção na respiração, o ar é puxado pelo nariz, mas depois volta a repetir o processo pela boca sem perceber.
Um paciente que tinha desvio de septo, por exemplo, operou e agora está livre, mas se acostumou a respirar pela boca; o tratamento neste caso é a fonoterapia, acompanhamento individual para pacientes com problemas de fala ou audição.
